terça-feira, 19 de julho de 2011

Zao Wou-Ki





Je ne parle pas un mot de français. Michaux pas un mot de chinois. On se comprend très bien. Notre langage commun, c’était la peinture.
l’art de Michaux, même quand il est peint, est un art de l’Ecrit. D’où cette fascination pour l’encre qui symbolise à elle seule le point de rencontre entre écriture et peinture. D’où cet intérêt constant pour la calligraphie chinoise où un caractère est à lui seul poème et dessin.
J’admirais beaucoup, de mon côté, le graphisme de Michaux, la liberté de son trait, l’originalité de ses idéogrammes occidentaux, coupés de toute signification sémantique. Son art est lié à une certaine façon d’écrire, à l’invention d’un vocabulaire de signes qui n’appartiennent qu’à lui.
Zao Wou-Ki



Eu não falo uma palavra de francês. Michaux não fala uma palavra de chinês. Nos compreendemos muito bem. Nossa linguagem comum é a pintura.
A arte de Michaux, mesmo quando ele pinta, é uma arte da escrita. De onde vem esta fascinação pela tinta que simboliza por si mesma o ponto de encontro entre a escritura e a pintura. De onde seu interesse pela caligrafia chinesa onde um caractere é ao mesmo tempo poema e desenho.
Eu admiro muito, de minha parte, o grafismo de Michaux, a liberdade de seu traço, a originalidade de seus ideogramas ocidentais, livres de toda significação semântica. Sua arte é ligada a uma certa maneira de escrever, à invenção de um vocabulário de signos que não pertencem a mais ninguém a não ser a ele.
Zao Wou-Ki

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